A inovação digital mudou e continua a mudar economias e mercados em todo o mundo, reinventando a forma como os negócios são realizados, independentemente do setor. A bola da vez são proptechs e mercado imobiliário.
Alguns setores, como mídia e telecomunicações, foram digitalmente impactados há algum tempo. Enquanto isso, outros setores, como o imobiliário, demoraram um pouco mais para se beneficiar dos profundos efeitos da transformação digital.
A adoção de novas tecnologias passou a ser uma prioridade estratégica e as razões para isso incluem a possibilidade de:
A pandemia do COVID-19 também desempenhou um papel disruptivo no setor. Tecnologias foram usadas para enfrentar os desafios de executar transações imobiliárias e gerenciar propriedades remotamente, por exemplo.
As plataformas digitais proporcionam vantagem competitiva aos profissionais imobiliários, mas também melhoram e personalizam a experiência de compra. Como? Permitindo que os usuários interajam com o mercado e realizem transações com mais rapidez e facilidade, impactando o crescimento do setor imobiliário como um todo.
A proptech, ou tecnologia de propriedade, foi projetada para facilitar a compra, manutenção, gestão e investimento em imóveis. Ou seja, proptechs e mercado imobiliário estão totalmente interligados, já que podemos classificar proptechs como startups do ramo imobiliário.
Elas podem ser usadas em várias funções, incluindo:
Embora seja agora uma indústria de US$ 18 bilhões, a proptech não cresceu tão rapidamente quanto as tecnologias financeiras, comumente conhecidas como fintech. As possíveis razões para isso envolvem uma desconexão entre os problemas enfrentados pelas startups e aqueles enfrentados pelos agentes imobiliários.
O medo de queda nas receitas do setor caso os usuários finais ganhem muito controle, as dificuldades para alinhar as unidades de negócios dentro de grandes empresas imobiliárias e a infraestrutura latente desatualizada dentro essas organizações também podem ter influenciado a demora de crescimento das proptechs.
Fintech refere-se a novas tecnologias com o objetivo de melhorar e automatizar a entrega e o uso de serviços financeiros. Semelhante à proptech, a fintech usa software e algoritmos especializados para ajudar empresas, empresários e consumidores a gerenciar melhor suas operações financeiras, processos e vidas.
O crescimento das fintechs tem sido explosivo e não mostra sinais de desaceleração. A expectativa é de que o setor avance a uma taxa de crescimento agregado composto de 23,41% para atingir um valor de mercado de US$ 324 bilhões em 2026.
Profissionais do setor imobiliário estão usando proptechs para coletar e interpretar dados, permitindo a tomada de decisões mais precisa. Eles também estão empregando tecnologia para automatizar e agilizar uma série de processos administrativos, permitindo que os profissionais se concentrem mais no trabalho voltado para o cliente.
À medida que as startups encontram seu lugar no mercado imobiliário, elas estão reformulando a experiência de compra e gerenciamento de propriedades de várias maneiras. Os exemplos incluem:
Tal como acontece com outras formas de investimento, big data e inteligência artificial (IA) estão tendo um impacto significativo nas previsões do mercado imobiliário. Algoritmos avançados podem identificar tendências complexas em conjuntos de dados.
Isso acontece porque leva-se em consideração fatores como desempenho histórico de preços, acréscimos anuais de oferta, rendimentos de investimento, lucro interno bruto e variações cambiais. Essas ferramentas podem apoiar a tomada de decisões estratégicas e gradualmente se tornam mais inteligentes ao longo do tempo.
O futuro das proptechs depende de capacidade de fornecer produtos centrados no cliente que fornecem mais do que apenas informações. Isso exigirá habilidades e inovação de fora da indústria, com conhecimento e experiência daqueles de dentro.
Assim como a tecnologia invadiu outros aspectos de nossas vidas, o mesmo acontecerá com o setor imobiliário. Os avanços na IA sem dúvida desempenharão um papel – a IA já está sendo implantada para lidar com as complexidades da subscrição, automatizando o processo de análise do valor da propriedade, verificando fraudes e avaliando o histórico de crédito do mutuário.
A pandemia acelerou a adoção de visualizações domiciliares de realidade virtual (VR) e visitas ao local, nos Estados Unidos, por exemplo. É uma solução conveniente para a busca de propriedades no futuro.
Da mesma forma, as avaliações de propriedades podem ser realizadas remotamente, economizando tempo, reduzindo custos e diminuindo o número de estranhos visitando sua casa. A RV também tem o potencial de aumentar as vendas de unidades inacabadas ou pré-construídas, com potenciais compradores capazes de visualizar representações em 3D da planta baixa, layout e acabamentos.
A realidade aumentada também tem um papel a desempenhar, particularmente no nível formativo. Já existem softwares que projetam um modelo digital 3D em canteiros de obras. Isso permite que os supervisores identifiquem discrepâncias em qualquer estágio da construção, reduzindo a probabilidade de erros e mudanças dispendiosas.
A IoT – Internet das Coisas, que conecta dispositivos e sensores inteligentes para coletar uma vasta gama de dados, já está transformando o gerenciamento de edifícios e continuará a crescer. Os proprietários podem monitorar seus edifícios em um nível cada vez mais granular, permitindo a manutenção proativa em vez de reagir às reclamações dos inquilinos.
O CV – Construtor de Vendas é uma proptech brasileira voltada para a gestão completa de vendas no mercado imobiliário. A startup surgiu para sanar as dores do setor e já se tornou o CRM imobiliário mais completo do país. É o único a oferecer uma jornada do cliente desde o lead até o pós-venda.
Olhando para o futuro, espera-se que mais empresas imobiliárias e de administração de propriedades adotem as proptechs. À medida que as novas tecnologias continuam afetando e avançando no setor imobiliário, os provedores de serviços imobiliários podem ficar à frente da curva trabalhando para desenvolver e implementar estratégias eficazes para atender às demandas de hoje e de amanhã.
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